Vamos falar de serpentes. Muita gente tem receio, medo e por aí vai, mas a falta de informação (educação ambiental) pode levar a equívocos graves. Recentemente ocorreu um caso no Distrito Federal onde uma serpente píton (originária da Ásia) foi solta de forma “acidental” em uma área de cerrado, após a equipe do batalhão de polícia ambiental (BPMA) confundir o animal com uma jiboia (espécie nativa no Brasil).
Antes de mais nada, gostaria de enfatizar que ambas espécies não possuem peçonha (veneno), na verdade são constritoras.
• Pítons são originais da Ásia, enquanto as jiboias são serpentes encontradas em várias regiões da América Central e América do Sul. No Brasil é comum encontrar jiboias na Amazônia, na Mata Atlântica, no Cerrado, na Caatinga e no Pantanal.
• Ambas são espécies grandes comparadas às outras serpentes, e estão entre as maiores do mundo;
• Pítons possuem mais dentes do que as jiboias;
• O número de ossos na cabeça de uma píton é maior do que os ossos da cabeça de uma jiboia;
• Uma das grandes diferenças entre estas serpentes se deve ao modo reprodução. Enquanto as jiboias são vivíparas (o filhote já nasce formado), as pítons são ovíparas (botam e chocam os ovos);
• Pítons têm fossas térmicas para incubar ovos, o que não ocorre com as jiboias;
• As pítons ainda podem se reproduzir por partenogênese, ou seja, não há necessidade de machos e fêmeas no mesmo ambiente;
• Jiboiais não se alimentam de seres humanos, já as pítons podem. Inclusive há relatos de ataques pelo mundo, principalmente com crianças.
Por fim, a ideia aqui é alertar sobre o perigo que seria caso uma serpente exótica (não natural da fauna brasileira) se reproduzisse aqui e virasse uma ameaça (praga), como já aconteceu nos Estados Unidos. Provocaria um grande desequilíbrio ecológico ao predar espécies silvestres da fauna brasileira, pets e animais de produção, além do risco aos seres humanos.
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